2009

Todo fim de ano fico assim, pensativa, esperançosa, perdida entre listas de presentes, listas de tudo que sonhei e alcancei... e do que deixei de conquistar.

Todo fim de ano eu sonho com um ano novo diferente. Sonho com liberdades que ainda não tenho e com uma coragem que só há pouco vem desabrochando em mim.

Todo fim de ano eu percebo as mudanças que a vida e o Espírito Santo provocaram em mim. Perdoei mágoas, abri meu próprio negócio, conheci pessoas que me impactaram com seus testemunhos, me formei numa profissão que amo e respeito, senti Deus preencher o vazio de uma dor que me esmagava o coração, vi uma chuva de meteoros, aprendi que absolutamente ninguém é bom... só Deus (Marcos 10:18), sofri com a crise, cresci com a crise, e finalmente aprendi a depender de Deus.

Todo fim de ano eu penso que fui menos do que deveria ser. “Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer. Devia ter arriscado mais...” (Titãs – Epitáfio). Mas posso lhe garantir que tudo que errei, errei tentando acertar. E de tanto procurar me entender comecei a me encontrar.

Hoje sei como eu preciso estar no centro da vontade de Deus, assim como o ar que eu respiro. Porque este é o único lugar em que eu tenho a coluna de fogo durante a noite, pra me aquecer do frio da solidão e me iluminar afastando meus medos; tenho a nuvem durante o dia, pra cobrir-me do sol devastador que seca os sonhos e a esperança; e tenho o maná de cada dia, que supre a minha necessidade diária e me ensina a depender da provisão de Deus.

Todo fim de ano eu chego cheia de conceitos, filosofias e estratégias.

Esse ano não.

Nesse fim de ano eu me torno uma folha em branco. Pra Deus desenhar o que quiser.

Boas festas!